quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Torta de Ricota

Toda receitinha realmente tem sua história. Esta torta de ricota eu aprendi com a Andreia, em uma visita que fizemos para conhecer e dar um palpite na construção de sua casa. Cheiro de mato, vista privilegiada, madeira da construção, a Mariana um bebezinho e torta de ricota na casa antiga. Receita fácil, aprendi na hora e nunca mais deixei de fazer. É deliciosa com café e prosa. Hoje, na escola, levei para o café da tarde e todos gostaram, pediram a receita e aqui está. Mas há uma lembrança triste que marca esse sabor: em 12 de junho de 2002, fiz a torta de ricota para esperar minha avó chegar, para passar uns dias em casa - estava ansiosa para que ela provasse - e também para assistir a um jogo do Brasil, na Copa do Japão, de madrugada; mas, após o jogo, a notícia: já era 13 de junho, dia de Santo Antônio e a vovó não veio, partiu naquela manhã.

Torta de Ricota

Ingredientes:

1 lata de leite condensado
1 embalagem de ricota
4 ovos
1 colher (café) de cachaça ou saquê
Uvas passas pretas a gosto

Preparo:

Bata no liquidificador os ovos e a bebida (qualquer bebida incolor para quebrar o gosto de ovo); acrescente o leite condensado e bata mais; em seguida, vá acrescentando a ricota cortada, batendo até formar em creme bem espesso. Desligue e misture as passas; coloque em uma forma untada com margarina e leve para assar. Quando espetar um palito e sair limpo, aguarde dourar por cima e está pronta.



Um Cientista na Cozinha - Sal - Receita

Torta de Frango



Ingredientes:

Recheio:

1 kg de peito de frango, desossado, cozido e desfiado
1 lata de milho
1 lata de ervilha
1 tomate picado
1 cebola picada
1 xícara (chá) de cheiro-verde picado
2 colheres (sopa) de azeite
Sal a gosto

Massa:

3 ovos
1 copo (americano) de óleo de soja
1 copo de leite
2 copos de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento
Sal a gosto

Modo de Preparo:

1. Em um recipiente separado, misture os ingredientes do recheio e reserve.
2. Bata os ingredientes da massa no liquidificador e se preciso adicione leite, conforme a homogeneidade da massa.
3. Unte a forma com margarina e farinha de trigo.
4. Despeje metade da massa na forma, o recheio e o restante da massa.
5. Levar ao forno por 30 minutos a 180º.


Isabella Esteves – 1ºD

Um Cientista na Cozinha - Chocolate - Receita

Leite Condensado Caseiro

Ingredientes:

1 copo (americano) de açúcar cristal
1 copo (americano) de água morna
½ xícara (chá) de água fervente
1 xícara (chá) de leite em pó

Modo de Preparo:


Bater no liquidificador todos os ingredientes até obter o ponto de leite condensado.

Um Cientista na Cozinha - Chocolate

Composição de cada tipo de chocolate
Fonte: Museu do Chocolate - Bruges, Bélgica

 






 








Um Cientista na Cozinha - Chocolate








Um Cientista na Cozinha - Fungos - Receita

Strogonoff

Ingredientes:

1 peito de frango em cubos
3 colheres (sopa) de catchup
1 lata de molho de tomate
1 colher (sopa) de mostarda
½ cebola picada
2 colheres (sopa) de margarina
½ xícara (chá) de conhaque
1 lata de creme de leite
100g de champignon
Sal a gosto

Preparo:

1. Tempere o frango em cubos com o sal e outros temperos a gosto.
2. Aqueça uma panela e derreta a margarina. Acrescente a cebola e refogue-a até ficar transparente. Acrescente o frango, mexendo para não grudar. Coloque um pouco de água e deixe a carne dourar levemente.
3. Acrescente o molho de tomate, o catchup e a mostarda. Deixe cozinhar, reduzindo o molho na quantidade desejada.
4. Acrescente o conhaque, acenda um fósforo e “acenda” o molho (apague a luz para ver o fogo na panela).
5. Acrescente o champignon, deixe cozinhar por mais um minuto e desligue o fogo.
6. Acrescente o creme de leite (sem soro).

Acompanhamento: arroz branco e batata palha.


Um Cientista na Cozinha - Fungos - Degustação


Champignon - Gorgonzola - Shimeji

Um Cientista na Cozinha - Festa do Milho

Desafio do Milho: bolo, bolo cremoso, curau, pudim e beijinho de milho!!!





Um Cientista na Cozinha - Milho - Receita

Beijinho de Milho Verde
            Criação de Carla Adriana





Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 xícara (chá) de creme de leite fresco (240 ml)
100 g de coco ralado
1 lata de milho escorrida
1 colher (sopa) de manteiga
Para decorar:
Coco ralado a gosto
Modo de preparo:
No liquidificador, bata o leite condensado, o creme de leite, o coco ralado, o milho e a manteiga.

Transfira para uma panela, leve ao fogo baixo, mexendo sem parar até engrossar e soltar do fundo da panela. Deixe esfriar, molde os docinhos, passe-os no coco ralado e sirva em forminhas.

Um Cientista na Cozinha - Milho - Crônica

A pipoca
Rubem Alves


A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.

As comidas, para mim, são entidades oníricas.

Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.

Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.

Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.

Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á".A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...

"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

Um Cientista na Cozinha - Ovo - Crônica

Bons momentos, boas lembranças

Em nossa aula anterior de eletiva, tivemos a experiência de estudar um pouco mais sobre o suspiro, e um dos ingredientes principais dele, o ovo. Isso me fez recordar alguns momentos da minha infância.
Quando era criança, morava nos fundos da casa da minha avó, e ela sempre gostou muito de fazer receitas deliciosas para a família. Eram várias receitas e, em meio a esse monte de gostosuras, encontrava-se o suspiro. Uma receita prática e fácil de fazer e, além de tudo, muito saborosa. Como éramos crianças, eu e os outros netos, ela personalizava esses suspiros, colocava essência e, às vezes, até mesmo corante, eles tinham vários tamanhos e modelos. Com isso, deixava mais interativo e fazia a diversão na hora de comer.
Essa semana passada estava na casa da minha avó e ela havia comprado dois pacotes gigantes de suspiro; preparou um merengue maravilhoso. Logo, no dia seguinte, tive a experiência de conhecer melhor sobre essa coisa maravilhosa que é o suspiro.
Gostei de poder aprender sobre uma receita que fez parte de minha infância e faz até hoje. Espero que muitas novas experiências possam vir, pois estou adorando.


Giovanna Guaiume
Carla Adriana
Hellen Passoni
Christopher Barros

2ºA

Um Cientista na Cozinha - Ovo - Receita



Suspiro Caseiro

Ingredientes:

06 claras em neve
02 xícaras de açúcar
01 limão

Modo de Preparo:

Bata as claras em neve até ficarem consistentes. Com a batedeira ligada, acrescente aos poucos o açúcar. Para dar um toque final, coloque um pouco de casquinha do limão.
Unte uma forma com margarina, e com um saquinho de confeitar molde os suspiros.
Leve ao forno a 180º.

OBS: tome cuidado, pois o suspiro é delicado, então, assim que dourar, retire do forno.


Alunos:
Carla Adriana – 2º A
Giovanna Guaiume – 2º A
Christopher Barros – 2º A

Hellen Passoni – 2º A


Um Cientista na Cozinha - Ovo - Relato de Experiência

Relato de Experiência - Ovo

 



       A função biológica do ovo é acomodar o embrião, fornecendo alimento e água para seu desenvolvimento. A clara é feita de 85% de água, e o restante, é proteína. A gema é formada por 35% de gordura, além de um pouco de água, proteínas e vitaminas.
       A formação da clara em neve acontece porque os elementos presentes na clara têm a capacidade de envolver e reter as bolhas de ar, que vão ficando cada vez menores, até serem totalmente incorporados.
       O ovo velho boia na água porque existe mais ar na sua bolsa; se ele boiar, é porque está velho e passou do prazo que pode ficar na geladeira, e se ele afundar está pronto para o consumo.


Karen Gabriele de Oliveira – 2ºB